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terça-feira, 19 de maio de 2009

E-lixo: Dê um novo uso aos seus eletrônicos antigos antes de descartá-los

Você ganhou um celular novo. Seu pai se deu de presente uma TV de plasma e seu irmão está às voltas com um computador novinho em folha. A corrida tecnológica faz com que os aparelhos estejam obsoletos em pouco tempo e a troca se faz necessária. Até aí, tudo bem. Mas, o que fazer com os objetos "aposentados"? Se você pensou em responder com um simples "jogar no lixo", pode parar. Este material, além de demorar muito para se decompor, pode ser tóxico e prejudicial à sua saúde e à do planeta.

Para começar, existe até um nome para esse tipo de sujeira: e-lixo ou lixo eletro-eletrônico. E haja lixo. Na lista estão geladeiras, aparelhos de som, televisores, computadores, celulares, micro-ondas e por aí vai... Segundo o Greenpeace, são produzidas, por ano, mais de 50 milhões de toneladas de detritos desse tipo no mundo. E este número só cresce. Para se ter idéia, só no Brasil há mais de 140 milhões de celulares (estamos em terceiro no ranking, só perdendo para a China e para a Índia) e 30 milhões de computadores - que chegarão a 100 milhões até 2.015. Este volume de coisas está prontinho para o descarte em pouco tempo.
E isto tudo é culpa nossa (sim, não fuja da raia!)."Com o consumismo em alta e com a tecnologia se renovando a cada dia, há um aumento exorbitante desta modalidade. As leis ainda não obrigam fabricantes e vendedores a darem a destinação ao material comercializado, como em alguns países do primeiro mundo", alerta Alex Gonçalves, idealizador da Associação de Recicladores de Lixo Eletroeletrônico, a ONG E-Lixo, que já recolheu cerca de 15 toneladas de materiais desde março de 2008, quando iniciou suas atividades em Londrina, Paraná.
Legislação brasileira não ajuda
De acordo com Carlos Silva Filho, Coordenador de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), a ausência de leis que tornem obrigatória a disponibilização de informações dificulta a obtenção correta das estatísticas. "As iniciativas verificadas decorrem muito mais da voluntariedade de empresas, instituições e pessoas, do que de uma política para o setor", atesta. Em Manaus, a maior "lixeira digital do país", por causa das indústrias de eletroeletrônicos, o que é descartado pelo controle de qualidade das fábricas agora vai direto para a reciclagem. É a responsabilidade ambiental crescendo dentro das empresas.
Quando falamos de "ausência de dispositivos legais" queremos dizer que no Brasil não há legislação para disciplinar a questão dos resíduos eletrônicos. Isso mesmo. "Infelizmente, sequer dispomos de uma legislação nacional para tratar dos resíduos sólidos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos está em discussão há mais de 15 anos no Congresso Nacional, porém até o momento não foi aprovada", conta Carlos.

O maior problema nem é o acúmulo do lixo eletroeletrônico, mas a quantidade de substâncias tóxicas presentes nele como chumbo, níquel, arsênico e mercúrio, que ameaçam a água, o solo e o ar. Alguns estudos feitos nos EUA vêm mostrando que o lixo eletrônico já é responsável por mais de 70% das contaminações por metais pesados e 40% das contaminações por chumbo registradas em aterros americanos.
Algumas substâncias contidas nos equipamentos podem ser reutilizadas. Por exemplo, em um quilo de celular pode-se reaproveitar de 100 a 150 miligramas de ouro, 400 a 600 mg de prata, 20 a 30 mg de paládio, 100 a 130 gramas de cobre e 200 gramas de plástico. O Japão, por exemplo, já consegue recuperar metade do consumo anual do elemento índio, usado na produção de eletrônicos, graças ao processo de reciclagem.

Então, que destino deveria ser dado para o lixo eletroeletrônico recolhido? Segundo Carlos Filho, o melhor caminho seria mesmo o reaproveitamento. "O gerador pode encaminhar esse tipo de resíduo para um programa ou projeto de reciclagem (algumas redes varejistas dispõem de unidades para recebimento dos resíduos), bem como devolvê-lo para alguns fabricantes que dispõem de programas de retorno de seus produtos", explica.

Uma outra saída é incentivar o consumidor a participar de projetos como o do Comitê para a Democratização da Informática, que aceita doação de computadores. Ao invés de descartar a máquina para um lixão ou deixar pegando poeira em um canto da casa, ao doar, você permite que outra pessoa tenha contato com a tecnologia, aumentando suas chances de acesso à informação e a novas formas de geração de renda. A ONG E-Lixo faz esse tipo de trabalho. "Na maioria das vezes, o material é doado para escolas e pessoas de baixa renda para que possam ser ainda utilizados. É uma forma de inclusão digital", conta Alex.
Fonte: MsN Verde

2 comentários:

  1. e uma pena que a reciclagem e tão pouca utilizada...postagem como esta ajuda muito a divulgação parabens...fuiiiiiiiiii

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  2. Esse tipo de reciclagem deveria ser divulgada mais, pq agente nem sabe onde levar esse tipo de lixo!!
    Cada cidade ou municipio deveria divulgar os locais!!!

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